Mauro Mendes (União) não descartou a possibilidade de um "desastre" em Cuiabá, dependendo da postura do candidato que for eleito prefeito nas eleições deste ano. Ele afirmou que estará aberto ao diálogo, mas só terá parceria caso o vencedor seja alguém sério.
No último domingo (6), dia do primeiro turno das eleições, ao acompanhar Eduardo Botelho (União) na votação, Mauro declarou que "Cuiabá perdeu 8 anos e não podemos correr o risco de ter um novo desastre em 4 anos". Botelho foi derrotado, ficando em terceiro lugar, enquanto Abilio Brunini (PL) e Lúdio Cabral (PT) seguiram para o segundo turno.
"O desastre sempre pode acontecer. Eu disse e é verdade, quando você faz uma troca, seja por quem for, eu acreditava que o Botelho poderia nos ajudar, nós poderíamos ajudar o Botelho. Então, eu acreditava que era melhor caminho. A população não entendeu assim e ela é quem manda, não sou eu, e eu respeito muito isso. Então Cuiabá vai ter a oportunidade agora de escolher entre dois candidatos. Toda mudança tem risco, mas é a democracia que nós temos (...), já contratamos alguém em Mato Grosso e foi desastre, (...) então é sempre possível, por isso que é muito importante analisar com carinho, com atenção, a escolha do voto", disse o governador nessa segunda-feira (7).
O União Brasil já liberou seus filiados para escolherem quem querem apoiar no segundo turno. Mauro, no entanto, ainda não tomou uma decisão. Ele disse que "o que cada um vai fazer, vai ter tempo pra pensar, o que eu vou fazer terei tempo pra pensar". O chefe do Executivo estadual afirmou que, independente do vencedor, estará aberto ao diálogo.
"Eu posso dialogar com todos, nunca me neguei a dialogar. Sempre conversei, o Lúdio já manifestei minha opinião sobre ele várias vezes, eu falei, não mudo uma linha porque falo a verdade, está muito tranquilo. (...) Então, sobre ele eu disse que como deputado eu respeito, porque ele sempre agiu com decência na Assembleia Legislativa, como deputado estadual, e como candidato a prefeito eu tenho direito de analisar. (...) Estou aberto a dialogar com qualquer um dos candidatos".
No entanto, isso não ocorreu com o atual prefeito, Emanuel Pinheiro (MDB), com quem Mauro mantém uma "briga" já há alguns anos. À imprensa, o governador afirmou que exige alguns critérios para poder considerar uma parceria com o gestor da capital.
"O requisito principal, que eu julgo, para um prefeito trabalhar com o governo do Estado é ele ser sério, ter honestidade e aplicar corretamente o dinheiro e ter competência. Se este quesito estiver presente, seguramente nós vamos fazer parceria, o que eu fiz com 140 municípios de Mato Grosso. Até onde eu sei, eu não vi em nenhum deles a ausência desses requisitos (...). Então, se em Cuiabá esses requisitos estiverem presentes, seguramente o governo de Mato Grosso vai apoiar. Agora, independente disso, o governo de Mato Grosso vai continuar olhando por Cuiabá como nós olhamos nesses últimos anos".
Gazeta Digital