Ministro quer prioridade para instalações de ZPE em MT

Por Redação do GD em 26/06/2024 às 12:08:01

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávero, e o vice-presidente e também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin participaram de reunião, nesta segunda-feira (24) para tratar de andamentos de instalação de indústrias na Zona de Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Cáceres (225 km a oeste). A zona irá impulsionar a integração com outros países da América Latina por meio de construções de rodovias, ferrovias e aeroportos da região.


A ZPE de Cáceres é uma área territorial que corresponde a 247 hectares e também é conectado à hidrovia do Rio Paraguai. As empresas que se instalam na região, que conta com 62 lotes industriais, recebem benefícios tributários, aduaneiros e administrativos.


No plenário do projeto Rotas de Integração Sul-Americana, que correu na sexta-feira (21), o ministro da Agricultura e Pecuária ressaltou como a proposta de ZPEs complementa a política de integração dos produtos brasileiros aos principais mercados do pacífico asiático.


"Não existe Zona de Processamento à Exportação sem rota para exportar. Se não tem a rota, como que a sai a essa exportação? Mas nós estamos conectados, trazendo essas conexões", reforçou Fávaro.


Nesse sentido, Mato Grosso está inserido no Quadrante Rondon, que é uma das 5 rotas de Integração sul-americana. O novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prevê 10 obras, com o investimento estimado em R$ 370 milhões, na região.


Em março, foi autorizado o funcionamento da ZPE por meio de um Ato Declaratório de Alfandegamento. As 4 empresas interessadas em se instalar no local receberão a vistoria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), no dia 3 de julho, e aguardarão a aprovação do Conselho Nacional das ZPEs.


"Dentre essas empresas, além de madeira e as outras oportunidades, eu vi que há uma empresa que quer processar frango. Eu não acredito em coincidência. Já viu a oportunidade. Está no lugar certo, na hora certa", disse o ministro da Agricultura. O Brasil é o maior exportador de carne de frango para 172 países.


A próxima reunião do Conselho Nacional das ZPEs será realizada no mês de agosto, quando as empresas poderão receber o aval para se instalar no município de Cáceres.

Principais projetos de integração sul-americana em Mato Grosso

Construção da BR-174/MT

A ampliação da BR-174 em Mato Grosso, de acordo com o governo federal, representa um investimento necessário na infraestrutura viária. A rodovia integra uma importante área produtiva do noroeste de Mato Grosso com o sul de Rondônia, contribuindo para conectar as cidades de Colniza e Vilhena (RO).

Aeroporto de Cáceres/MT

Cáceres tem cerca de 95 mil habitantes e tem acesso à capital Cuiabá pela BR-070 e ao município boliviano de San Matías. A cidade também é cortada pela BR-174, que segue para Pontes e Lacerda e Vilhena (a 540 quilômetros). Cáceres ainda conta com uma opção hidroviária, pelo Rio Paraguai, até Corumbá (MS). O aeroporto, na avaliação do governo federal, é um importante canal de acesso ao Pantanal.

BR-070/174/364/MT

O trecho, segundo o governo federal, facilita o acesso a áreas de produção em Mato Grosso e Rondônia. A obra promove melhoria da infraestrutura em uma região considerada altamente produtiva e exportadora – somente as cidades de Campo Novo do Parecis, Sapezal e Vilhena exportaram US$ 3 bilhões em 2023, sobretudo de soja, milho, algodão e carnes.

Construção de Infovia estadual MT.

A obra, em execução, conecta 5 mil quilômetros de cabos de fibra óptica pelos municípios mato-grossenses de Juína, Parecis, Brasnorte, Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Nobres, Pontes e Lacerda, Jauru, Barra de Bugres, Cuiabá, Campo Verde, Jaciara, Rondonópolis, Alto Garças, Barra do Garças e Cáceres. A rede chega até a fronteira com a Bolívia.

Adequação da BR-070/MT

A BR-070 é classificada pelo governo federal como um importante corredor de integração nacional, conectando Brasília com Cáceres ao longo de 1,3 mil quilômetros. A adequação é no trecho em que a rodovia contorna Cuiabá e Várzea Grande (MT), buscando facilitar o fluxo de cargas, acelerar a circulação de veículos e contribuir para aumentar a competitividade dos produtos.

Aeroporto de Cuiabá/MT

Com cerca de 619 mil habitantes, a capital de Mato Grosso é cortada pela BR-364. No Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, a concessionária prevê a conclusão das obras de ampliação e modernização do terminal ainda em 2024.

BR-163/MT - Divisa MT/MS - Sinop/MT

A BR-163 é considerada pelo governo federal como fundamental para a articulação de uma das regiões agrícolas mais produtivas e exportadoras do Brasil. São 800 quilômetros entre o distrito de Ouro Branco do Sul, em Itiquira, e Sinop, seguindo para a região Norte do país.

Extensão da Malha Norte

Inaugurada em 1998, a Ferronorte tinha 500 quilômetros de comprimento, entre Santa Fé do Sul (SP), nas margens do Rio Paraná, e Alto Araguaia. Em 2012, houve uma ampliação de 260 quilômetros, levando os trilhos até Rondonópolis. O objetivo do atual projeto é adicionar 600 quilômetros na atual ferrovia para conectá-la com o epicentro do agronegócio de Mato Grosso. O novo trecho incorpora os municípios de Lucas do Rio Verde e Nova Mutum, além da capital.

EF-170 - Ferrogrão

O projeto prevê que a ferrovia, com quase mil quilômetros, conecte Sinop com o Porto de Miritituba, em Itaituba (PA). Seguindo um trajeto similar ao utilizado por caminhões na BR-163, a finalidade é tornar menos demorado, menos custoso e menos poluente o escoamento de grãos do Centro-Oeste pelos portos do Arco Norte. Atualmente, metade das exportações mato-grossenses de soja e milho sai do Brasil pelos terminais de Belém e Santarém (PA), São Luís e Santana (AP).

BR-163/MT/PA - Sinop/MT - Miritituba/PA

Este trecho da rodovia, segundo o governo federal, tem a função de escoar grande parte da produção de grãos do Centro-Oeste ao longo de mil quilômetros até o Porto de Miritituba, nas margens do Rio Tapajós. Em seguida, as cargas seguem por via fluvial até o Rio Amazonas e, então, para o Oceano Atlântico.

Fonte: Gazeta Digital

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LOJA MARISTELA

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