Governo Lula: Gastos Púlicos, Inflação e Dívida Pública

Entenda a crise econômica brasileira e as incertezas para os próximos meses.

Por Notícia de Valor em 15/02/2025 às 12:05:37

O atual governo brasileiro adotou uma estratégia econômica distinta da tradicional. Ao invés de iniciar com austeridade e aumentar gastos próximos às eleições, como é comum, o governo Lula expandiu fortemente os gastos públicos logo no início de seu mandato.

Essa expansão gerou um aumento no Produto Interno Bruto (PIB), mas também acelerou a inflação, impedindo a redução da taxa de juros e, de fato, invertendo-a. A receita fiscal não acompanhou o aumento dos gastos, levando a um crescimento de 15% na dívida pública brasileira desde o início de 2023.

A desconfiança gerada por essa situação levou à alta da taxa de câmbio entre o real e o dólar, o que, por sua vez, alimenta ainda mais a inflação. Concomitantemente, a popularidade do governo Lula tem diminuído.

As incertezas para os próximos seis meses são grandes. Quais serão as medidas do governo? Aumentar a receita fiscal, interferir na política do Banco Central (Banco Central), controlar preços (de alimentos, combustíveis e dólar) ou reduzir gastos públicos?

"A solução adequada para o atual desequilíbrio econômico é a redução do gasto público, o que seria politicamente menos danoso do que a inflação." concluiu Antonio Carlos Porto Gonçalves.

Aumentar impostos pode ser difícil, pois o Brasil já tem uma carga tributária alta e complexa, podendo levar empresas a se mudarem do país. Interferir na independência do Banco Central seria um retrocesso institucional, gerando desconfiança nos mercados.

Controlar preços diretamente pode ter efeitos imediatos, mas é inflacionário a longo prazo. Se os preços de itens como gasolina forem artificialmente baixos, haverá mais dinheiro disponível para outras compras, aumentando a demanda e, consequentemente, os preços de outros produtos. A gasolina, eventualmente, também terá de ser reajustada.

Um exemplo contrário é a Argentina, onde a redução de gastos públicos contribuiu para a diminuição da inflação e, surpreendentemente, aumento da popularidade do governo, contrariando previsões iniciais.

O cenário econômico brasileiro, portanto, é complexo e demanda atenção, principalmente devido à inflação e à dívida pública em crescimento.

Antonio Carlos Porto Gonçalves, Ph.D. em Economia e conselheiro superior do Instituto Liberal, analisa a situação e apresenta possíveis cenários para os próximos meses, salientando os riscos e desafios para o governo Lula.

A situação exige do governo Lula decisões difíceis e o desafio de equilibrar as necessidades fiscais com as aspirações políticas, tendo em vista a crescente insatisfação popular e os perigos de uma inflação galopante. O Brasil enfrenta um momento crucial para sua economia e a população observa atentamente as próximas ações governamentais.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Fonte: Revista Oeste

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