Botelho lamenta não ter ouvido Max: "me arrependo de ter participado da eleição, se eu soubesse que ia perder, não participaria"

O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), relatou que se arrependeu de não ter ouvido seus aliados para participar da composição da próxima Mesa Diretora do parlamento.

Botelho preferiu não participar da chapa encabeçada por Max Russi (PSB) para disputar a eleição para prefeito de Cuiabá. No entanto, acabou ficando em terceiro lugar e também sem espaço na próxima diretoria do parlamento, que toma posse na próxima segunda-feira, 3 de fevereiro.

Durante entrevista à imprensa nesta sexta-feira (31), ele comentou que Russi chegou a sugerir que ele integrasse o grupo ocupando qualquer outra função, sob o risco de, caso não fosse eleito prefeito, continuar na diretoria do parlamento. No entanto, Botelho afirmou que esperava ser eleito e, por isso, não queria assumir outra função.

"Se eu falar para você que não me arrependo, estou mentindo. Me arrependo, sim. Mas eu diria o seguinte: naquele momento, eu não tinha nenhuma necessidade de participar, porque tudo indicava que eu ganharia a eleição. As pesquisas indicavam que eu ganharia. Então, não teria sentido participar de uma eleição [da Mesa Diretora], sendo que eu já estava praticamente com o pé no outro cargo", disse.

"O deputado Max, tenho que reconhecer, várias vezes me alertou sobre isso. Ele me chamou e disse: "Olha, Botelho, fica na Mesa Diretora. Se você não ganhar, outro assume". Mesmo assim, eu não quis. Falei que não seria justo entrar só para participar e depois sair, não seria legal. Por isso, realmente não participei", completou.

Botelho comentou que, além de se arrepender de não ter ouvido Max, também lamenta ter disputado a prefeitura. Para encarar o pleito, ele enfrentou uma disputa interna no União com Fábio Garcia, o que gerou um mal-estar no partido.

"Se eu soubesse que ia perder, nem teria me candidatado. Mas isso não existe no mundo real. O que existe é que você acredita em algo, tem obstinação e corre atrás disso. É igual perguntar: empresário se dá bem? Tem muito empresário que quebra. Quantos quebram todo dia? Você vê um monte falindo. Então, é uma escolha que você faz. Esse é o risco que tem. Na política também é assim. Se alguém quer galgar um posto mais alto, tem que arriscar. Eu arrisquei, perdi, faz parte", ressaltou.