As empresas estatais brasileiras registraram um déficit primário recorde de R$ 8 bilhões em 2024, o pior resultado desde 2001, segundo dados divulgados pelo Banco Central em 31 de janeiro de 2025. Este número abrange empresas públicas municipais, estaduais e da União, excluindo Petrobras e Eletrobras.
Os Correios foram um dos principais responsáveis por esse resultado negativo. Considerando apenas as estatais federais, o déficit foi ainda mais alarmante, atingindo R$ 6,7 bilhões - dez vezes maior que o registrado em 2023.
Empresas controladas por Estados e municípios também contribuíram para o cenário negativo, com déficits de R$ 1,3 bilhão e R$ 39 milhões, respectivamente. O déficit total de R$ 8 bilhões representa o pior resultado do século para as estatais brasileiras.
"Os investimentos estão sendo pagos com recursos que já estavam no caixa das companhias. Companhias com lucros expressivos também registram déficit."
disse a ministra da Gestão, Esther Dweck, em tentativa de minimizar o impacto dos números negativos.
A secretária de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, Elisa Leonel, atribuiu parte do déficit de R$ 6,7 bilhões das estatais federais aos Correios, que apresentaram um déficit individual de R$ 3,2 bilhões.
Apesar do cenário preocupante, o governo afirma que a situação financeira das empresas não está necessariamente comprometida. A justificativa é que uma parte significativa do déficit se deve a investimentos realizados em 2024, e que 16 das 20 estatais listadas devem encerrar o ano com lucro.
Apesar das declarações governamentais, o déficit bilionário nas estatais brasileiras levanta preocupações sobre a gestão de recursos públicos e o impacto potencial na economia do país, especialmente sob a gestão do presidente Lula.
A situação das estatais brasileiras em 2024 serve como um alerta sobre a necessidade de transparência e eficiência na gestão das empresas públicas, uma questão crucial para a saúde financeira do Brasil e o futuro da economia nacional.
O Governo Lula enfrenta pressão para apresentar medidas eficazes para reverter essa tendência negativa e garantir a sustentabilidade financeira das empresas estatais.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Revista Oeste