Lúdio não teme rejeição ao PT em Cuiabá e descarta debate polarizado

O deputado estadual Lúdio Cabral, escolhido pelo PT como pré-candidato a prefeito de Cuiabá, afirmou que questões ideológicas não devem interferir da decisão dos eleitores.

Ele ainda descartou um debate polarizado na disputa na Capital. Para ele, esse tipo de discussão "não faz sentido" diante da situação vivida pela cidade.

O buraco na rua não tem ideologia, a fila no Posto de Saúde não tem ideologia. Então, esse debate polarizado não faz muito sentido

"Nós temos que debater os problemas da cidade, proposta para superar esses problemas e ter o máximo de diálogo para ter uma presença nas eleições que vai além da expressão partidária", disse à rádio Cultura.

"O buraco na rua não tem ideologia, a fila no Posto de Saúde não tem ideologia. Então, esse debate polarizado não faz muito sentido na eleição municipal", acrescentou.

Lúdio afirmou que para vencer a eleição de prefeito precisará superar a "barreira dos 50% mais um" e para isso formará um arco de aliança mais amplo.

Antes de ser escolhido como pré-candidato do partido, o deputado já havia admitido a intenção de se aliar com partidos da base do presidente Lula, como PSB e PSD. Segundo ele, a intenção é ampliar o debate na Capital.

"O PT já disputou o segundo turno em duas eleições, em 2004 e em 2012 comigo, batemos na trave em duas eleições. Então, existe espaço que nos permite essa construção de primeiro disputar o segundo turno e no debate de propostas vencer as eleições", afirmou.

Brecha na história

Lúdio ainda defendeu a dinâmica na política e lembrou que, apesar do PT nunca ter eleito um prefeito em Cuiabá, em 2002 o presidente Lula conseguiu ser a escolha majoritária entre os mato-grossenses.

Naquele ano o líder petista foi eleito presidente pela primeira vez e teve 54,46% dos votos em Mato Grosso, no segundo turno, contra 45,54% de José Serra (PSDB).

"O Lula já venceu as eleições em Mato Grosso em 2002. Há uma base consolidada, uma parcela da população, que tem uma identidade com nosso programa", disse.