Gaeco apreende mais de R$ 345 milhões durante operação contra o crime organizado

O montante é proveniente de contas bancárias, aplicações financeiras, títulos de capitalização, cadernetas de poupança, investimentos, ações e cotas de capital dos investigados e suas pessoas jurídicas.

Por Notícia de Valor em 27/11/2024 às 22:25:05

DO REPÓRTER MT



O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) apreendeu, nesta quarta-feira (27), cerca de R$345 milhões durante uma megaoperação de combate à organização criminosa Terceiro Comando Puro (TCP), que atua no estado de Minas Gerais. O valor é referente às ordens judiciais de sequestro de bens imóveis, veículos e valores.

Em Mato Grosso, uma prisão foi efetuada e um mandado de busca e apreensão foi cumprido em uma residência no município de Sinop. Além desses, ainda existem outros três mandados de busca e apreensão de veículos em andamento

Conforme informado pelo Gaeco de Minas Gerais, o montante é proveniente de contas bancárias, aplicações financeiras, títulos de capitalização, cadernetas de poupança, investimentos, ações e cotas de capital dos investigados e suas pessoas jurídicas.

Com as ordens judiciais de sequestro, a operação inclui um total de 106 mandados, sendo alguns de prisão, outros de busca e apreensão pessoal e domiciliar e ordens de suspensão de atividades de empresas nas cidades de Belo Horizonte (MG), Contagem (MG), Rio de Janeiro (RJ), Foz do Iguaçu (PR), Praia Grande (SP), Ribeirão Preto (SP), São Bernardo do Campo (SP), Paranaíba (MS), Sinop (MT) e Britânia (GO).

Durante dois anos de investigação, o Gaeco de Minas Gerais apurou o funcionamento de uma organização criminosa vinculada ao Terceiro Comando Puro instalada na região do Cabana do Pai Tomás, na capital mineira, com atuação não apenas naquela região como em outras áreas do estado no tráfico de drogas, na posse e no porte ilegal de armas de fogo e na lavagem de capitais.

Nesse período, os investigadores mapearam a atuação de vários integrantes das citadas organizações criminosas, cada um com uma atribuição específica, incluindo não apenas as atividades criminosas típicas, mas também o fornecimento de sinal de internet, ações assistencialistas e apoio jurídico que visavam ao controle e fomento da organização criminosa em território mineiro.

Foi apurada uma complexa rede de lavagem de capitais, principalmente do narcotráfico, na qual pessoas físicas e jurídicas de vários estados da Federação participavam do escoamento do dinheiro ilícito.

A operação conta com o apoio operacional de Delegacias Especializadas da PCMG, de Batalhões da PMMG, da CORE/MG, da CORE/RJ, de Delegacia da PCSP, dos canis da PCMG e da PMMG, dos Hangares da PCMG e da PMMG, da CSI do Ministério Público do Rio de Janeiro e dos Gaecos de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Goiás e Paraná.

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