"Perspectiva de encontrar uma solução ali, via negocial", diz Mauro sobre Parque Cristalino II

Por Vinicius Mendes em 14/06/2024 às 11:36:13

Mauro Mendes (União) afirmou que tem trabalhado com sua equipe na busca por uma solução para a preservação do Parque Cristalino II, na região dos municípios de Novo Mundo e Alta Floresta (803 km ao norte). Agora, já mais inteirado sobre o caso, o governador destacou que "a área é pública" e "não tem porque falar em indenização".


A Sociedade Comercial do Triângulo Ltda. entrou com uma ação questionando a legitimidade de criação do parque e em agosto de 2022 o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) decidiu em favor da empresa. No último mês de abril, o TJ negou um recurso do MP e manteve a extinção da unidade de conservação.

Nos últimos meses o governador Mauro Mendes não se mostrava muito disposto a agir em defesa do parque, afirmando que não há verba para indenizar donos de áreas na região. O ex-procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, José Antônio Borges, chegou a afirmar que o governador estava "mal informado" e "mal orientado". Em entrevista na noite de segunda-feira (11), Mauro disse que já possui mais conhecimento sobre a questão.

"Eu pude compreender bem melhor a situação. Hoje está muito claro para mim, eu não tinha essa informação algum tempo atrás, poucas semanas atrás, que aquela área era 100% pública, e eu já disse claramente, não vou gastar, não vou tirar dinheiro da saúde, da infraestrutura, das escolas para colocar em parques ambientais, por isso que criamos a lei que permite que quem quer defender o meio ambiente, ONGs internacionais, países, grandes empresas, que coloquem dinheiro", disse.

O governador citou que o TJ julgou procedente a ação da empresa porque foram cometidos erros na constituição do parque, mas afirmou que tudo isso pode ser resolvido.

"Então nós estamos trabalhando com a perspectiva de encontrar uma solução ali, via negocial, vai preservar a área, porque é uma área pública, então se a área é pública não tem porque falar em indenização, então não tem porque desmanchar aquele parque. [...] Nós podemos corrigir esses erros, podemos corrigir áreas que estão antropizadas, as pessoas estão produzindo lá, tirá-las para fora do parque. Então nós estamos caminhando nessa direção de encontrar uma solução que preserve grande parte da área que está intacta e que também preserve o direito daquelas pessoas que já estão lá há muitas décadas trabalhando e produzindo".

Fonte: Gazeta Digital

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