Os vereadores Dilemário Alencar (Podemos) e Michelly Alencar (União Brasil) utilizaram a tribuna, na sessão realizada na manhã desta quinta-feira (29), para detonar a decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região que invalidou a prova utilizada para condenar o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) no 'escândalo do paletó'.
Acontece que, em decisão proferida nessa quarta-feira (28) pelo juiz federal Pablo Zuniga Dourado, o magistrado entendeu que o vídeo em que o gestor municipal - que na época era deputado estadual - aparece recebendo maços de dinheiro e colocando em nos bolsos do paletó, foi feito de forma ilícita, ou seja, clandestina e sem autorização judicial.
Com isso, o processo no qual Emanuel era réu foi suspenso.
Em seu discurso, Dilemário afirmou que recebeu a notícia com muita 'indignação' e pediu que as instâncias superiores revejam o caso e derrubem a decisão da Justiça Federal.
"Eu penso que não terminar o julgamento do prefeito Emanuel Pinheiro, em que ele já é réu no caso do paletó, é uma injustiça tremenda com o povo cuiabano. Quero aqui deixar minha indignação também. O escândalo do paletó ficou conhecido nacionalmente, nossa cidade ficou conhecida de forma negativa. Quero pedir às instâncias superiores rever a decisão e manter o julgamento do atual prefeito", declarou vereador.
Michelly Alencar também lembrou em sua fala que o caso do 'paletó' ficou conhecido nacionalmente e questionou, de forma irônica, se 'Emanuel Pinheiro precisaria ter assinado um termo autorizando ser gravado' para que a prova tivesse validade na Justiça.
"Me pergunto, será que o prefeito teria de ter assinado um termo autorizando alguém a gravar ele colocar dinheiro no bolso do paletó, teria que ter uma autorização dizendo 'pode me gravar sim' para tornar a prova oficial? Eu fico imaginando por que naturalizar neste Brasil, em Cuiabá, no mundo político crimes como esse? Como se isso fosse normal", declarou.